Blog destinado a divulgar minhas atividades desenvolvidas com meus alunos do 1º ao 9º ano do ensino fundamental
quinta-feira, 4 de novembro de 2021
quarta-feira, 3 de novembro de 2021
Quilombo
Poema QUILOMBO de Saulo Pessato, muito booooom!
1. O que era um quilombo?
R:_______________________________________________
2. Diga a quem o eu lírico se refere no texto?
R:____________________________________________________
3. Por que o eu lírico diz para os negros que o teu sorriso
não conta história bela? Explique fazendo referências do passado e do presente.
R:____________________________________________________
4. Quem foi Zumbi?
R:____________________________________________________
5. O que é o Maracatu e a capoeira?
R:____________________________________________________
quinta-feira, 21 de outubro de 2021
LEMBRANÇA DO MUNDO ANTIGO
Clara passeava no jardim com as crianças.
O céu era verde sobre o gramado,
a água era dourada sob as pontes,
outros elementos eram azuis, róseos, alaranjados,
o guarda-civil sorria, passavam bicicletas,
a menina pisou a relva para pegar um pássaro,
o mundo inteiro, a Alemanha, a China, tudo era
tranquilo em redor de Clara.
As crianças olhavam para o céu: não era proibido.
A boca, o nariz, os olhos estavam abertos. Não havia perigo.
Os perigos que Clara temia eram a gripe, o calor, os insetos.
Clara tinha medo de perder o bonde das 11 horas,
esperava cartas que custavam a chegar,
nem sempre podia usar vestido novo. Mas passeava
[no jardim, pela manhã!!!
Havia jardins, havia manhãs naquele tempo!!!
CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE
In Sentimento do Mundo, 1940
1. De acordo com o poema, como era o mundo em que Clara vivia?
2. A partir da descrição, no poema, de um mundo que ficou apenas na lembrança, como podemos caracterizar o "novo" mundo que Clara vive?
3. Que tipo de perigos Clara temia?
4. Quais seriam os perigos do mundo atual?
5. Descreva o que dava para fazer antes da pandemia do Corona vírus e o que não dá mais para fazer.
6. E você tem saudades de algum tempo passado? Qual?
REVOLTA
REVOLTA
Não quero este pão — Quinquim atira
o pão
no chão.
A mesa vira vidro, transparente
de emoção.
Quem ousa
fazer isso em pleno almoço?
Pede castigo
o pão
jogado ao chão.
O Castigador decreta:
Agora de
joelhos você vai
apanhar este
pão.
Vai trazer
um barbante e amarrar
o pão
no seu pescoço
e vai
ficar o dia todo
de pão
no peito, expiação.
Quinquim perdeu a força da revolta.
Apanha o
pão, amarra o pão
no pescoço
humilhado
e ostenta
o dia todo
a condecoração.
Carlos Drummond
de Andrade
Vocabulário
expiação: penitência, castigo,
Ostentar: é a ação de mostrar ou exibir.
Condecoração: um prêmio.
1.Justifique o título do texto.
R:____________________________________________________________________
2.Quem
são as personagens do texto?
R:_________________________________
3.Qual o espaço (local) da história?
R:_________________________________
4.O
que acontece com Quinquim quando ele joga o pão no chão?
R:____________________________________________________________________
5.Quem
é o castigador, na sua opinião? Justifique sua resposta.
R:_________________________________
6.Qual o desfecho
(final)?
R:___________________
7.
O que você achou do final do texto? Comente em mais de duas linhas.
R:_________________________________
___________________________________
8.
Em : “Não quero
este pão”, que pronome foi omitido?
( ) Eu
( ) Tu
( ) Ele
( ) Nós
( ) Eles
9.
Em: O Castigador decreta, que pronome pode substituir a palavra castigador?
R:___________________
10.
Escreva com suas palavras como você compreendeu esse poema.
Conto de mistério
Conto de mistério
Stanislaw Ponte Preta
Com a gola do
paletó levantada e a aba do chapéu abaixada, caminhando pelos cantos escuros,
era quase impossível a qualquer pessoa que cruzasse com ele ver seu rosto. No
local combinado, parou e fez o sinal que tinham já estipulado à guisa de senha.
Parou debaixo do poste, acendeu um cigarro e soltou a fumaça em três baforadas
compassadas. Imediatamente um sujeito mal-encarado, que se encontrava no café
em frente, ajeitou a gravata e cuspiu de banda.
Era aquele.
Atravessou cautelosamente a rua, entrou no café e pediu um guaraná. O outro
sorriu e se aproximou:
Siga-me! -
foi a ordem dada com voz cava. Deu apenas um gole no guaraná e saiu. O outro
entrou num beco úmido e mal iluminado e ele - a uma distância de uns dez a doze
passos - entrou também.
Ali parecia
não haver ninguém. O silêncio era sepulcral. Mas o homem que ia na frente olhou
em volta, certificou-se de que não havia ninguém de tocaia e bateu numa janela.
Logo uma dobradiça gemeu e a porta abriu-se discretamente.
Entraram os
dois e deram numa sala pequena e enfumaçada onde, no centro, via-se uma mesa
cheia de pequenos pacotes. Por trás dela um sujeito de barba crescida, roupas
humildes e ar de agricultor parecia ter medo do que ia fazer. Não hesitou -
porém - quando o homem que entrara na frente apontou para o que entrara em
seguida e disse: "É este".
O que estava
por trás da mesa pegou um dos pacotes e entregou ao que falara. Este passou o
pacote para o outro e perguntou se trouxera o dinheiro. Um aceno de cabeça foi
a resposta. Enfiou a mão no bolso, tirou um bolo de notas e entregou ao
parceiro. Depois virou-se para sair. O que entrara com ele disse que ficaria
ali.
Saiu então
sozinho, caminhando rente às paredes do beco. Quando alcançou uma rua mais
clara, assoviou para um táxi que passava e mandou tocar a toda pressa para
determinado endereço. O motorista obedeceu e, meia hora depois, entrava em casa
a berrar para a mulher:
- Julieta! Ó
Julieta... consegui.
A mulher veio
lá de dentro enxugando as mãos em um avental, a sorrir de felicidade. O marido
colocou o pacote sobre a mesa, num ar triunfal. Ela abriu o pacote e verificou
que o marido conseguira mesmo. Ali estava: um quilo de feijão.
Disponível
em: https://www.sjc.sp.gov.br/media/120987/5%C2%BA-ano-port.pdf /Acesso em 17
de nov. de 2020.
1. Quantos parágrafos tem o texto?
R:______________________
2. O texto lido pertence ao gênero textual:
a) ( ) notícia. b) (
) conto c) (
) fábula. d) ( ) romance.
3. Qual a finalidade desse tipo de gênero textual?
a) ( ) Contar uma história. c) ( ) Vender um produto.
b) ( ) Instruir a fazer algo. d) ( ) Informar o leitor sobre um fato.
4. Nesse texto, há presença de um narrador observador ou de
um narrador personagem? Justifique sua resposta.
R:_______________________________________________________________________________________________________________________________________________________
5. Este conto apresenta características de um conto de:
a) ( ) humor. b) ( ) fantástico. c) ( ) mistério. d) ( ) fadas.
6. Alguns elementos da língua escrita ajudam a construir o
mistério no conto. Encontre no texto as palavras que o autor utilizou para
descrever os seguintes ambientes onde se passa a história que ajudaram na
composição do “ar de mistério”:
a) Beco:____________________________ e __________________
b) Sala: ___________________________ e ______________________
7. Quem são os personagens principais presentes nesse conto?
( são 4)
R:_____________________________________________________________________
8. Em sua opinião, por que o narrador não nomeia a grande
parte dos personagens?
R:_________________________________________________________________
9. No primeiro parágrafo do conto, há um sinal realizado por
um personagem que serviu como senha de reconhecimento. Que sinal é esse?
a) ( ) Entrou no café e pediu um guaraná
b) ( ) Sentou-se em uma mesa e pediu um café.
c) ( ) Acendeu um cigarro e soltou a fumaça em três
baforadas compassadas.
d) ( ) Acendeu um cigarro e soltou a fumaça em quatro
baforadas compassadas.
10. Tempos verbais são as variações do verbo que indicam em
qual momento o fato expresso por ele está ocorrendo. De forma básica, temos os
seguintes tempos verbais: passado, presente e futuro. Sublinhe no texto e
escreva abaixo QUATRO verbos que estejam no tempo verbal passado.
R:___________________________________________________________________
11. Em sua opinião, o que poderia estar acontecendo para o
personagem ter passado por tanto suspense para obter aquele simples quilo de
feijão?
R_________________________________________________________
Atividade com tipos de narrador
1. Leia
os fragmentos abaixo e responda que tipo de narrador os fragmentos possuem:
narrador observador ou narrador personagem.
Texto
I
I. “Morreu meu pai, sentimos muito,
etc. Quando chegamos nas proximidades do Natal, eu já estava que não podia mais
pra afastar aquela memória obstruente do morto, que parecia ter sistematizado
pra sempre a obrigação de uma lembrança dolorosa em cada almoço, em cada gesto
mínimo da família. Uma vez que eu sugerira à mamãe a ideia dela ir ver uma fita
no cinema, o que resultou foram lágrimas. Onde se viu ir ao cinema, de luto
pesado! A dor já estava sendo cultivada pelas aparências, e eu, que sempre
gostara apenas regularmente de meu pai, mais por instinto de filho que por
espontaneidade de amor, me via a ponto de aborrecer o bom do morto”. (Fragmento
do conto O peru de natal, de Mário de Andrade).
R:__________________________________
Texto
II
II. “Ali pelas onze horas da manhã o velho Joaquim
Prestes chegou no pesqueiro. Embora fizesse força em se mostrar amável por
causa da visita convidada para a pescaria, vinha mal-humorado daquelas cinco
léguas cabritando na estrada péssima. Aliás o fazendeiro era de pouco riso
mesmo, já endurecido pelos setenta e cinco anos que o mumificavam naquele
esqueleto agudo e taciturno”. (Fragmento do
conto O poço, de Mário de Andrade).
R:____________________________
2. Leia o texto III e resolva as questões:
Uma garota foi ao médico para perder uns quilinhos.
Após um exame minucioso, ele disse:
— Você pode comer de tudo por dois dias; depois,
pule um dia e volte a comer normalmente por mais dois; pule outro dia e assim
por diante, durante o mês inteiro. Se seguir à risca, você vai perder pelo
menos cinco quilos.
No início do mês seguinte, ela retornou ao médico,
15 quilos mais magra.
— Incrível! Vejo que você seguiu minhas instruções
rigorosamente. Parabéns!
— Obrigada, doutor. Mas fique sabendo que eu quase
morri!
— De fome?
— Não! De tanto pular!
José F.
Lima
3. O texto lido pertence ao
gênero textual:
a) ( ) notícia. b) ( ) conto
c) ( ) fábula. d) ( ) anedota.
4. Qual a finalidade do texto
III?
( ) Informar ( )entreter
( )
divertir (
)instruir
PARÁGRAFO
Um
parágrafo é uma divisão de um texto escrito, indicada pela mudança de linha,
cuja função é mostrar que as frases aí contidas mantêm maior relação entre si
do que com o restante do texto.
Normalmente,
os parágrafos não devem ser muito longos, exceto quando for extremamente
necessário, pois caso contrário podem confundir e tirar a atenção do leitor.
5. Quantos parágrafos tem o
texto III?
R:____________________________
A volta do filho pródigo
A volta do filho pródigo
Cerca de 30 mil crianças e adolescentes fogem todo ano no Brasil.
Oitenta por cento voltam para casa. Dificuldades com a família e busca de
independência são as causas mais frequentes das fugas. A volta é acompanhada de
arrependimento.
Meus pais não me compreendem, ele pensava sempre.
As brigas, em casa, eram frequentes. Os pais reclamavam do som muito alto, das
roupas estranhas, das tatuagens. Revoltado, decidiu fugir de casa. Sabia que,
para seus velhos, aquilo seria uma dura prova: afinal, ele era filho único. Mas
estava na hora de mostrar que não era mais criança. Estava na hora de dar a
eles uma lição. Botou algumas coisas na mochila e, uma madrugada, deixou o
apartamento. Tomou um ônibus e foi para uma cidade distante, onde tinha
amigos.
Ali ficou por vários meses. Não foi uma experiência
gratificante, longe disso. Os amigos só o ajudaram na primeira semana. Depois
disso ficou entregue à própria sorte. Teve de trabalhar como ajudante de
cozinha, morava num barraco, foi assaltado várias vezes, até fome passou.
Finalmente resolveu voltar. Mandou um e-mail, dizendo que estaria em casa daí a
dois dias. E, lembrando que a mãe era uma grande leitora da Bíblia, assinou-se
como "Filho Pródigo".
Chegou
de noite, cansado, e foi direto para o prédio onde morava. Como já não tinha a
chave do apartamento, bateu à porta. E aí a surpresa, a terrível
surpresa.
O homem
que estava ali não era seu pai. Na verdade, ele nem sequer o conhecia. Mas o
simpático senhor sabia quem era ele: você deve ser o Fábio, disse, e convidou-o
a entrar. Explicou que tinha comprado o apartamento em uma imobiliária:
— Seus pais não moram mais aqui. Eles se
separaram.
A causa da separação tinha sido
exatamente a fuga do Fábio:
— Depois que você foi embora, eles começaram a
brigar, um responsabilizando o outro por sua fuga. Terminaram se separando. Seu
pai foi para o exterior. De sua mãe, não sei. Parece que também mudou de
cidade, mas não sei qual.
Fábio
não aguentou mais: caiu em prantos. O homem se aproximou dele, abraçou-o. Entre
aqui no seu antigo quarto, disse, tenho uma coisa para lhe mostrar. Ainda
soluçando, Fábio entrou. E ali estavam, claro, o pai e a mãe, ambos rindo e
chorando ao mesmo tempo. Tinha sido tudo uma encenação. Abraçaram-se, Fábio jurando
que nunca mais sairia de casa.
A
verdade, porém, é que não gostou da brincadeira, mesmo que ela tenha lhe
ensinado muita coisa. Os pais, ele acha, não podiam ter feito aquilo. Se
fizeram, é por uma única razão: não o compreendem. Um dia, ele terá de sair de
casa. Mais tarde, naturalmente, quando for homem, quando tiver sua própria
casa. Só que aí levará os pais junto. Pais travessos como os que ele tem
precisam ser controlados.
SCLIAR. Moacyr. Disponível em:
<http://www.folha.uol.com.br/fsp/cotidian/ff0404200505.htm>.
*Filho
pródigo: segundo história bíblica, que volta a
morar com a família depois de longa ausência e vida desordenada.
1. Qual é
o assunto da crônica?
2. Antes
de decidir fugir de casa, o que Fábio pensava sobre os pais?
3. No fim da crônica, depois de
voltar para casa, arrependido, a opinião de Fábio muda em relação aos pais?
Justifique sua resposta indicando partes do texto.
4. Qual a
sua opinião sobre os filhos que fogem de casa? Comente em três linhas ou mais.
5. Retire
do texto:
a. Personagens:
b. Espaço:
c. Tipo de tempo:
d. Tipo de narrador:
e. Conflito ( o fato que gerou a na
narrativa):
f. desfecho
O verde
Texto: O verde
Estranha é a cabeça das pessoas.
Uma vez, em São Paulo, morei numa rua que era dominada por uma
árvore incrível. Na época da floração, ela enchia a calçada de cores. Para usar
um lugar-comum, ficava sobre o passeio um verdadeiro tapete de flores;
esquecíamos o cinza que nos envolvia e vinha do asfalto, do concreto, do
cimento, os elementos característicos desta cidade. Percebi certo dia que a
árvore começava a morrer. Secava lentamente, até que amanheceu inerte, sem
folha. É um ciclo, ela renascerá, comentávamos no bar ou na padaria. Não
voltou. Pedi ao Instituto Botânico que analisasse a árvore, e o técnico
concluiu: fora envenenada. Surpresos, nós, os moradores da rua, que tínhamos na
árvore um verdadeiro símbolo, começamos a nos lembrar de uma vizinha de
meia-idade que todas as manhãs estava ao pé da árvore com um regador. Cheios de
suspeitas, fomos até ela, indagamos, e ela respondeu com calma, os olhos
brilhando, agressivos e irritados:
— Matei mesmo essa maldita árvore.
— Por quê?
— Porque na época da flor ela sujava minha calçada, eu vivia
varrendo essas flores desgraçadas.
(Inácio de Loyola Brandão)
Exercícios:
1)
Quantos parágrafos tem o texto?
2)
No texto “O verde”, qual das duas posições o narrador utiliza:
( ) narrador personagem
( ) narrador-observador.
3)
O conto acompanha a perspectiva de qual personagem? Justifique com elementos do
texto.
4) Por que,
no começo do texto, o narrador afirma que “Estranha é a cabeça das pessoas.”
5) Observe
a frase: “Na época da floração, ela enchia a calçada de cores.” (2º parágrafo).
a) Qual é a época da floração?
b) O que significa a expressão “enchia a calçada de cores”?
6) Observe a
frase: […] esquecíamos o cinza que nos envolvia […]” (2º parágrafo). Que cinza
era esse ao qual o autor se referia?
7) Por que a
árvore parou de florescer?
8) Releia
atentamente a seguinte frase e responda às questões:
“Surpresos, nós, os moradores da rua, que tínhamos na árvore um
verdadeiro símbolo, começamos a nos lembrar de uma vizinha de meia-idade que
todas as manhãs estava ao pé da árvore com um regador.” (2º parágrafo).
a) Qual é a primeira impressão que temos ao ler que a vizinha
regava a árvore todos os dias?
b) Essa impressão se confirma no final do texto? Por quê?
9) Por qual
motivo a árvore foi morta?
10)
Identifique, no texto, os elementos da narrativa abaixo:
a) Narrador:
b) Espaço (local):
c) Personagens:
d) Tempo:
e) Desfecho
11) Faça um
resumo do texto em 5 linhas em diante